segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O TEMPO


O Senhor juntou os homens
Para lhes distribuir,
Para cada qual seu tempo
E lhes disse vou pedir:
Aproveitem o seu tempo
Saibam como o investir.

Para alguns Ele deu mais
Já pra outros não foi tanto,
Mas a cada um falou:
Um conselho adianto,
Usem bem o vosso tempo
Como quem semeia um campo.

Então cada um saiu
Com a porção do seu tempo,
Alguns o valorizaram
Outros jogaram no vento
Tinha alguns sabedoria
Outros sem entendimento.

Alguns logo observaram
Que o tempo nunca pára
Começaram a pensar
Sobre o que Deus lhes falara
Para investir  o tempo
Como uma coisa cara.

Como segurar o tempo
Para o depositar?
E como se planta o tempo
Se este não pode parar?
E pensando desta forma
Começaram a falar:

Já que o tempo nunca pára
Vamos logo aproveitar,
Esse tempo é passageiro
Logo vai se dissipar
Vamos nós gozar a vida
Quero mais é farrear.

E  fizeram do seu tempo
O seu bar particular,
Dedicaram sua vida
Ao prazer que o mundo dá.
E o tempo se acabando
E estes sem sequer notar.

Dizem que o tempo é ouro
Uns vieram descobrir,
Dedicaram-se aos negócios
Para o tempo investir,
Não pensaram  mais em nada
Só nos lucros do porvir.

Outros por sua loucura
O tiveram por brinquedo
E o tempo lhe escapou
De sua mão por entre os dedos
E assim anteciparam
O que eles tinham medo.

Mas alguns usaram o tempo
Com temor e sabedoria
Buscando ao seu criador
Com amor e alegria
E pelo tempo ganhado
Sempre lhe agradecia.

O seu tempo dividiram
Pra ajudar outras pessoas
Resolveram abrir mão
Das chamadas coisas boas
Que de boas não tem nada
Como o mundo apregoa.

O seu tempo dispuseram
Para a muitos alertar,
Que o tempo se findava
O Senhor ia voltar,
E o tempo que lhes dera
Chegaria pra cobrar.

Muitos do que isso ouviam
Quando estavam a falar,
Dedicaram algum tempo
Atentando pra escutar
Ouvindo de um tempo eterno
Que estavam pra ganhar.

Outros também escutavam
E faziam zombaria,
E diziam que seu tempo
Nunca se acabaria.
E zombando duvidavam
Que chegasse esse dia.

Mas conforme o prometido
Esse dia então chegou,
Os homens se amedrontaram
Quando ouviram o senhor:
Como usaram o vosso tempo?
Assim ele perguntou.

Um tomando a palavra
Começou a gaguejar,
O meu tempo era curto
Resolvi aproveitar
Saí com muitas mulheres
Gastei-o em mesas de bar.

Mas eu ia te buscar
Ouça pois meu argumento,
Digo de sinceridade
Não apenas por lamento,
Se o senhor me concedesse
Um pouquinho mais de tempo.

Servo mal e mentiroso
O teu tempo não foi pouco,
Fui eu quem o abreviei
Pois tu te tornaste louco,
E sempre que te falei
Tu agiste como mouco.

E agora para ti
Não tenho tempo guardado
Pois perdeste o teu tempo
Entre os maus serás contado
E no fogo inextinguível
Com eles serás jogado.

Outros também vão dizer:
O meu tempo eu usei
Investindo para mim
Muitos bens eu conquistei
Agora ofereço a ti
Tudo o que eu ajuntei

Servo mau e avarento
Olha as ruas de ouro,
Não podes comprar a mim
Pois não quero teu tesouro
Hoje o que tens ajuntado
A ti soa como agouro

Só pra ti usaste tempo
Pois querias conquistar,
Até mesmo o mundo inteiro
Não pensaste em me adorar,
Perdeste o tempo no céu
Aqui não podes entrar.

Todos querendo falar
Há quem diga assim também:
O meu tempo não foi vão
Dei esmolas, fiz o bem
Não matei e nem roubei
E em teu nome cri também.

Numa igreja nunca fui
Ler a Bíblia nunca quis,
Mas mereço a salvação
Boas obras sempre fiz
Então sei que vais dizer
Algo qu’eu fique feliz.

Passaste o tempo enganado
Não buscaste conhecer
Fazer a minha vontade
Mesmo confessando crer.
Tuas obras não bastaram
Para a salvação tu ter.

Pois não crestes no meu Filho
Que por ti morreu na cruz,
Tu andavas sobre trevas
E pensava estar na luz
Pois a salvação está
Só no sangue Jesus.

Outro tomará a palavra
Pra dizer: sou diferente,
Só busquei tua vontade
Não liguei pra essa gente
Sendo assim tenho certeza
Que comigo estás contente.

Tu também estás errado
Não me deste alegria,
Era pra crer no meu filho
E ajudar a quem pedia,
Até pão te vi negar
A quem fome padecia.

Assim como obras não salvam
Sem obras a fé é morta,
Como tendes fé em Deus,
Se ao pobre não confortas?
Hoje o céu não pode abrir
Para ti a sua porta.

Observem aquele povo
Que vocês sempre zombavam,
Porque iam à igreja
E a mim se dedicavam.
Lhes chamavam de fanáticos
Toda vez qu’eles passavam.

Abriram mão do tempo
Não quiseram o prazer,
Dedicaram tempo a outros
Os levando a conhecer,
A Palavra que deixei
Para todo mundo lê.

Como eles não usaram
O seu tempo para si,
Esse tempo foi guardado
Como quem quer investir
E hoje todos eles vão
O tempo readquirir.

O tempo que dedicaram
Reservando-o para mim,
Nunca foi tempo perdido
Pois jamais terá um fim,
Viverão sempre ao meu lado
Mas pra vós não é assim.

A vós outros no entanto
Não quiseram me buscar,
E agora não há tempo
Para aqui recuperar,
Ficarão no fogo eterno
Todo tempo a queimar.


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