quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Árvore da Felicidade


Uma Poesia de João Testi Sobrinho

A Arvore da Felicidade

Na floresta da minha vida eu plantei três sementes.

A primeira foi a semente do meu orgulho;

A segunda a semente da minha ganância;

Nasceram duas grandes arvores

Nestas arvores, depositei todo minha esperança.


A terceira semente, com esta eu não me importei

Não foi com carinha que eu a plantei

Na terra de qualquer jeito semeei

Não me importei se essa semente nascia

Eu não esperava qual seria minha surpresa um dia.


O tempo foi passando, meu orgulho e minha ganância aumentando

Orgulhoso fui até a floresta passear

Foi grande a desilusão, vi toda minha soberania desmoronar

A arvore do meu orgulho, juntamente com a arvore da minha ganância,

Encontrei as duas sem esperança.


Seus fortes galhos secando

Suas folhas amareladas

Eu chorei como criança, acabou minha esperança!

Estas duas arvores em pouco tempo seriam derrubadas!


Com meus olhos chorando

Para frente fui andando

Algo me surpreendeu

Encontrei uma grande arvore

Com grandes galhos rodeados

Suas flores perfumadas.


Esta arvore nasceu daquela semente

Que um dia covardemente o meu coração esqueceu

Eu corri ao seu encontro

Abracei o seu tronco

De alegria eu chorava.


Parece que a arvore me dizia:

Filho para onde você ia

Os caminhos que você seguia

Minha sombra te acompanhava.

Hoje eu sou feliz

Já esqueci do meu orgulho

Não lembro da minha ganância

Sou feliz como criança.


Não sinto nem tristeza, nem saudade

Agora, convido meus irmãos, amigos

E o povo desta cidade,

Para vir colher os frutos e descansar na sombra

Desta arvore que se chama

A ARVORE DA FELICIDADE!!!!!

Autor:

Presbitero: João Testi Sobrinho

Igreja Presbiteriana Filadelfia

Ribeirão Preto - SP

Visite Repentistas Evangélicos em: http://repentistasevangelicos.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Relato de Adão


Uma Poesia de Roberto Celestino




Como posso me esquecer

Do dia em que fui criado

Vendo O Criador ao meu lado

Com amor a me olhar?

Eu ainda não entendia

O que em minha volta eu via

Mas logo fui percebendo

O que tinha acontecido.

Naquele momento eu acordava

Sem ainda ter dormido

Eu era um recém chegado

No mundo do meu Senhor

O Supremo Criador

Deu-me vida naquele instante

E me pôs por governante

Sobre tudo o que criou.

Depois me presenteou

Com minha companheira amada.

Não consigo descrever

O que de fato senti

No momento em que a vi

Diante de mim naquele dia

O meu ser se confundia

Em um turbilhão de emoções

Fui invadido por sensações

Que me deixavam elevado

Depois de estar ao seu lado

Descobri que era amor.

A nós tudo era permitido

Comer naquele jardim

Só um fruto foi proibido

Para Eva e para mim.

Mas tudo era perfeito

Na mais perfeita harmonia

Até chegar aquele dia

Que nunca vou me esquecer

Quando Eva deu ouvidos

Aquele anjo caído

Travestido de serpente

Que pra infelicidade da gente

Á Eva logo iludiu

Dizendo que Deus havia mentido

Pois o fruto proibido

Poderia nos tornar

Semelhantes ao Altíssimo

Como se O Senhor Santíssimo

A nos pudesse se comparar.

Eva ficou muita tentada

Não conseguiu se conter

Enquanto eu me aproximava

Nada mais pude fazer

Ainda pude até gritar

Mas não conseguir evitar

Que do fruto ela fosse comer.

Lembrei-me das Palavras

Ditas pelo Criador

Que se do fruto comêssemos

Certamente íamos morrer

Eva eu iria perder

Pois esta morta seria

Lembrei-me então dos dias

Antes dela ser criada

Minha vida era vazia

Por não ter a minha amada

Me perturbei em confusão

Então lhes estendi a mão

E aceitei também comer

Seria melhor morrer com ela

Do que sem ela viver.

A serpente que ali estava

Parecia se transformar

Pois já não apresentava

O brilho no seu olhar

Daquele olhar seco e sem vida

Gargalhadas foram irrompidas

E se pôs de nós a zombar

“Vocês são uns fracassados.

Com o seu Deus falharam

Não fizeram Sua vontade

Pois facilmente me escutaram

Perderam a autoridade

Para a terra dominar

Pois a mim a entregaram”.

Depois que comemos do fruto

Senti pela primeira vez

O que era a vergonha

Vi em nossos corpos a nudez

E uma dor tamanha

Apoderava-se de mim

Em saber que era assim

Que O Senhor ia nos ver

Tentamos logo nos esconder

Entre as plantas do jardim

O Senhor chamou por mim

Eu senti um calafrio

Na verdade nem sabia

Se aquilo que sentia

Era calor ou frio

Mas o temor se apoderava

E a tristeza me dominou

Ao perceber que O Senhor

Tinha a voz entristecida

Já não era parecida

Com a que eu conhecia

Quando com Ele eu saía

Pelos campos a passear

Sua voz me envolvia

De paz e felicidade

Pois via eu na verdade

O quanto Ele me amava.

Em um tom triste abalado

Perguntou-me: Onde estás?

Segurar não pude mais

E respondi: Aqui Senhor

Estava nu e me escondi

Quando Tua voz ouvi

Estou muito amedrontado.

Tentei me defender

Disse ter sido induzido

Por Eva ter me dado do fruto

E deste eu ter comido

Eva também se defendeu

E disse que só comeu

Por a serpente a ter iludido.

Ali todos foram condenados

A serpente a comer pó e rastejar

E nós a viver separados

Do Jardim e do Senhor

Eva conheceu a dor no parto

E eu conheci a fadiga

Trabalhava duro pra comer

Tornou-se difícil nossa vida

Foi duro ouvir do Senhor

Que tudo que Ele formou

Estava agora amaldiçoado

Por um ato de desobediência

Do qual eu era o culpado.

Depois pude entender

Um pouco do que Deus Sentiu

Quando Ele nos perdeu

Quando do jardim nos baniu

Foi quando perdi meu filho

Que meu outro filho matou

Na verdade perdi os dois

Abel foi morto

E Caim nos deixou.

Oh, como dói estas lembranças

E que saudades me dão

Dos dias em que eu vivi

Na presença do meu Senhor

Dias de perfeita paz

Dias de perfeito amor

Onde eu não sabia o que era tristeza

Não conhecia o medo e a dor

Descansava nos braços do Pai

Era envolvido por seu amor

Ainda choro quando lembro

Do jeito que Ele me olhava

Estava claro nos seus olhos

O quanto ele me amava,

Mas meu choro é de tristeza

Quando lembro daqueles olhos

No dia em que pecamos

Abatidos e tristonhos

Ao perceber que os seus sonhos

Para nós se acabava.

Ainda resta-me a esperança

De um dia encontra-Lo

Pois estou arrependido

Por aquele terrível dia

E a minha alegria

Só será restabelecida

Quando eu estiver ao Seu lado.



Adão.



sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Pastor

Uma Poesia de Roberto Celestino

Ao cair da tarde
O pastor recolhe suas ovelhas
Elas estão cansadas,
Ele também está.
Seu corpo tende a desabar de cansaço
Ele carrega uma ovelha nos ombros
Está ferida,
Desgarrou-se, caiu em um precipício
Ele buscou-a, também se machucou
Encontrou-a.
Agora a carrega nos ombros
Teme perdê-la.
Por fim, o aprisco
Descanso?
Sim,para as ovelhas.
Seus pés inchados e feridos
Vão ter que esperar
Tem ovelhas machucadas pra cuidar,
Retirar espinhos, tratar feridas.
Por fim, dormem.
As ovelhas.
E o pastor?
Vigia.
Precisa estar atento.
As ovelhas dormem,
Estão vulneráveis
O lobo ronda pelos arredores.
Lembra-se da ovelha ferida
Vai até ela
Ela dorme
Ele sossega.
Agora dorme.
Minutos.
Acorda.
Vigia.
Dorme.
Minutos.
O sol desponta no horizonte
As ovelhas se agitam
Precisam de pasto, de água,
Precisam do pastor.
E assim ele se vai
Para mais um dia
De sua vida
Vida que já não parece ser sua
Pois ele a dedicou
À suas ovelhas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um Poema de Rute Salviano Almeida



Quem é Deus?


Para a criança, é o papai do céu
A quem pede proteção.
- Abençoa papai, mamãe.
Dá a cada dia o pão.


Deus da criança inocente
Deus da mãe ocupada
Deus que consola na dor
Deus da alma enlutada!


Para o jovem é o cara lá de cima
Que não o incomoda ou intimida
Ele que fique por lá
Deixe-me gozar a vida!


Deus que está longe
Deus que não é pessoal
Deus que ama o pecado
Deus, tão banal!


Para o caboclo no campo
Deus a chuva dá
Ele ajuda a colheita
E faz a mágoa passá!


Deus que se preocupa com o pobre
Deus que sofre com o que erra
Deus que faz cair água
Na sequidão da terra!


Para o deista, Deus está morto.
Criou a terra e se cansou.
Deixou tudo nas mãos do homem
Que a tudo dominou!


Deus que já morreu.
Deus que não se importou
Com os homens e Suas obras
Deus que nunca amou!


Para o ateu, Deus não existe
Isolado em sua racionalidade,
vocifera: Que Deus é este?
Não existe eternidade.


Deus que não se revela.
Deus que não é imortal.
Deus que só existe na mente
do crédulo irracional!


Para teólogos medíocres,
Deus é um criado pessoal,
Deus que precisa de esmolas,
Deus que Se curva, afinal!


Deus a ser barganhado
Deus a quem se cobram favores
Deus que tem que servir
Aos gananciosos pecadores!


Para muitos, Deus está encoberto
Mas, Se revela ao temente.
Pois busca adoração
da alma sincera do crente!


Deus que criou o mundo
Deus que enviou Jesus
Deus que a todos ama
Deus que Se revela na cruz!


in Antologia Literária “Poemas e Poetas nova geração” Litteris Editora, 2010
*Rute é autora do livro Uma Voz Feminina na Reforma (Ed. Hagnos)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TROPEÇOS, uma Poesia de Roberto Celestino



Quanto tempo já vivido
Desde que te conheci
Mas por um tempo te esqueci
E tive meu tempo perdido

Andei por caminhos distantes
Do que preparaste pra mim
Todos estes me levavam pro fim
Pois eram caminhos errantes

Nesse tempo estive mudo
Hoje quero falar tudo
Da tua salvação, do teu amor.

E louvar-te por minha vida
Por tua graça concedida
A este pobre pecador

CRISE



Uma Poesia de Roberto Celestino


Tu me perguntas:
O que houve?
Ou deveria eu perguntar-te isto?
Por que não te ouço ao menos
Perguntar como o fizeste ao teu primeiro
Quando o buscaste dizendo:
Onde estás?
Ele tentou fugir ao te ouvir
Estou fugindo porque não te ouço
Não queira que eu faça tudo sozinho
Tu me conheces.
Que te peço demais que não podes me dar?
Concedeste a outro para encorajá-lo a lutar
Será que os questionamentos dele não eram falta de fé?
E quanto a mim?
Tudo bem.
Talvez Tu tenhas vindo a mim
Para recolher frutos
E nada encontraste
Talvez tenha sido isso
Acho que não frutifiquei
No devido tempo
E talvez meu tempo tenha passado.

(Escrito quando passava por um deserto espiritual,mas encontrei o Oásis)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SE EU CAIR AMANHÃ, um poema de Jessé Medeiros


SE EU CAIR AMANHÃ


Se eu cair amanhã…
Não me decepcione. Quando passar por mim, não finja
que não me viu. Aproxime-se e me cumprimente.
Lembre-se que estarei cego. Não permita que eu caia no abismo.


Se eu cair amanhã…
Não me acuse, não diga que eu errei. Tenha sempre
uma mensagem inspirada pelo Espírito Santo para me dar.
Lembre-se que não tive força e caí…


Se eu cair amanhã…
Não me esqueça; não tente me substituir por outra pessoa.
Ore constantemente em meu favor, visite-me ou me escreva;
lembre-se que estarei preso, acorrentado…


Se eu cair amanhã…
Não fique satisfeito, sorrindo… Não bata palmas.
Lembre-se que haverá uma alma a mais caminhando
para o inferno. O Espírito Santo ficará triste mas
o Pai estará me esperando.


Se eu cair amanhã…
Não me despreze, fazendo-me sentir discriminado.
Não risque meu telefone da sua agenda. Lembre-se que
estarei faminto e sedento: leve-me o Pão e a Água da Vida.


Se eu cair amanhã…
Não me amaldiçoe; não diga que irei para o inferno,
para não me machucar. Como crente forte, suporte
as minhas fraquezas. Esteja pronto para me ajudar.


Se eu cair amanhã…
Não fique parado. Mexa-se, faça alguma coisa.
Coloque-me em seus braços, trazendo-me de volta ao lar.
Observe se o meu corpo tem feridas, veja se há traumas
no meu coração e me apresente ao Bom Pastor.
Certamente, Ele vai me curar.


Se eu cair amanhã…
Lembre-se que estarei com sete demônios a mais que
da última vez. Nem por isso se afaste de mim. O Espírito
do Senhor é sobre você para libertar os cativos. Então irmão,
liberte-me. Estarei morto espiritualmente, traga-me à vida.


Se eu cair amanhã…
Mais do que nunca, preciso de você: do seu amor,
da sua força, oração, fé, mansidão e paciência.
Porém, se nada disso acontecer, então irmão,
quando for feito o apelo, entregue-se a Jesus para
sua salvação.


www.poesiaevanglica.blogspot.com
No livro Círculo de Oração em Festa, de Eliúde Marques

sábado, 26 de fevereiro de 2011

PEDRAS QUE CLAMAM

Uma Poesia de Roberto Celestino


Que coisa!
Pedras clamando
E eu aqui calado.
A mim foi dada a Palavra
E me foi dito pra falar,
Me fiz de surdo,
Tornei-me mudo.

Pedras clamando
Pessoas morrendo,
Alimentando as chamas eternas
Porque não me ouviram.
Porque não me ouviram?
Porque não falei.
Fiquei mudo.
Simplesmente me calei.

As pedras clamam,
Meu coração de pedra não.
É crítico,implacável
Mas é pobre cego e nu.
Miserável.

Até quando oh pedras
Clamareis em meu lugar?
Até quando vosso lugar eu tomarei?

Que coisa!
O dia está chegando
Jesus está voltando
As pessoas estão morrendo
Milhares se perdendo
E eu aqui calado
Mudo, parado.
E as pedras clamam.
Até o mundo clama
O mundo chora,
Jesus também chora,
As pedras clamam,
E eu assisto a tudo.

Parado.
Mudo.
Feito pedra.








sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Homenagem à Bandeira de Taquaritinga do Norte


Ó símbolo de honra e grandeza
Estandarte de ímpar esplendor
Criada com a essência da beleza
Revestida de glória e amor
Em ti está contada a nossa história
Dos primórdios aos dias atuais
Mantendo viva em nossa memória
A conquista de nossos ideais

Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar.

Retratas esta terra admirável
E o valor dessa gente vens mostrar
Sua lealdade a todos é notável
Causa encanto a quem aqui chegar
O branco que há em ti tem revelado
Que a paz é possível se obter
Aqui a harmonia tem reinado
Nesta terra tão nobre de viver.

Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar.

A Serra da Taquara contemplamos
Neste verde de intenso vigor
Ali também o índio avistamos
O primeiro habitante que chegou
Altivo brilha o sol da nobreza
No teu céu de azul tão divinal
Iluminando os ramos da riqueza
Realçando a Dália fenomenal.

Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar

A estrela bem no alto refulgente
Nos indica o caminho a seguir
És símbolo que exalta tua gente
Nosso orgulho irás sempre refletir
Pra sempre hás de ser enaltecida
E hasteada em cada coração
Eternizada estás em nossa vida
Te saudamos eterno pavilhão.


Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar
.

JOSÉ ROBERTO CELESTINO PEDROSA

"Obs. Esta letra não corresponde ao Hino Oficial em homengem à Bandeira , e sim ao Hino que ocupou o segundo lugar no concurso para a escolha do mesmo."