terça-feira, 6 de abril de 2010

Missionar é:




Uma poesia de Roberto Celestino


Subir o monte da preguiça
Vencer o monte do comodismo
Superar um monte de orgulho
Derrubar montes de egoísmo
Resistir firme as tentações
Que a nós se apresentam aos montes
Ultrapassar os montes de tribulações
Que tentam nos cansar todo instante.
Não ouvir um monte de palavras
De muitos que tentam nos enfraquecer
Montam planos para que não prossigamos
E que por medo dos montes desistamos
Para a obra de Deus não fazer.
É subir ao monte de Deus
E em sua presença se humilhar
Um monte de lágrimas derramar
Porém sem deixar se entristecer
Voltar caminhando pelos montes
Na certeza que vamos colher
Almas que aos montes virão
Juntar-se a esta grande comissão
E por fim ouvir O Senhor dizer:
“Oh como são formosos
Os pés dos que anunciam
Sobre os montes cada dia
Minha grande salvação
Vinde ó ceifeiros
Receber do meu Cordeiro
Vosso grande galardão

Onde estão os teus pés?


Uma poesia de Roberto Celestino


Admiramos:
Pés nas passarelas desfilando
Pelas ruas caminhando
Pés limpos, bem cuidados
Pés nobres bem calçados
Pés que dançam elegantemente
Que andam nos melhores ambientes.
Julgamos pés pela aparência
Sem muitas vezes atentar
Que muitos destes pés
Correm pra sangue derramar
Apressam-se para fugir de Deus
Andam sem rumo, sem direção
Correm de um lado pro outro
Procurando salvação.
Às vezes encontram
Passam por cima, pisam-na
Desprezam-na.
Mas aos nossos olhos são pés limpos,
Bem cuidados, bem calçados,
Bem polidos, pés lindos.
Bem diferentes de outros pés,
Engalicados de tanto andar
Sujos pela poeira dos caminhos
Feridos por pedras e espinhos
Inchados por montes escalar.
Quem poderá admirá-los
Esses pobres pés coitados
Em que nada de nobre há?
Mas há alguém que os enaltece
A esses pés enobrece
Pois alegram Seu coração,
Pés por muitos desprezados
Mas por Deus admirados
Levando ao céu alegria
Pois não se cansam e cada dia,
Aos montes irão voltar
Por Cristo irão aos confins da terra
Anunciar a vida eterna
Que Jesus Cristo veio dar.

Sansão. o homem mais forte do mundo,vencido por sua fraqueza.


Um cordel de Roberto Celestino



1
Israel foi escolhido
Pra ser povo do Senhor
Da escravidão do Egito
O Senhor os resgatou
Andou com eles no deserto
Viram a mão de Deus de perto
No meio deles Deus andou

2
Abriu o mar vermelho
Para o povo atravessar
Quando o povo sentiu fome
Do céu veio o maná
De sede ninguém sofria
Pois até da rocha saia
Água para os saciar

3
Mas o povo era rebelde
Cheio de ingratidão
Esqueceram-se logo de Deus
Endureceram o coração
Entregaram-se ao pecado
Deixaram a liberdade de lado
Voltaram à escravidão

4
Sob a mão dos filisteus
Israel foi oprimido
Sofreram por muitos anos
Nas mãos do inimigo
Era o preço da rebeldia
Para lembrá-los que um dia
Do Senhor tinha esquecido

5
Nesse cenário de rebeldia
Um anjo veio anunciar
A uma mulher estéril
Esposa de Manoá
Que um filho conceberia
Do seu ventre sairia
Um juiz para os livrar

6
Desde o ventre materno
Seria ele consagrado
Não tocaria bebida alcoólica
Nem em algo contaminado
E como sinal dessa aliança
Desde que nascesse a criança
Seu cabelo não seria cortado

7
Nascendo então o menino
Deram-lhe o nome de Sansão
Cresceu e Deus o abençoou
O Espírito Santo deu-lhe a unção
Tornou-se forte e valente
Pra livrar a sua gente
De tão forte opressão

8
Foi dotado de grande força
Um poder sobre natural
Matou leões feriu exércitos
Como ele não havia igual
Os inimigos o temia
Pois ele sempre os vencia
E causava-lhes grande mal

9
Sendo ele ainda jovem
Como louco se comportou
Pois buscou um casamento
Fora do povo do Senhor
Aos seus pais desobedeceu
Casou com a filha de um filisteu
A lei de Deus não observou

10
Foi totalmente negligente
Não atentava para Deus
Esqueceu-se da consagração
Pois era ele um nazireu
Não tocaria coisa impura
Mas seguindo em sua loucura
Mel de um cadáver ele comeu

11
Dele todos falavam
Tornou-se muito temido
O homem mais forte do mundo
Assim ficou conhecido
Com os milhares que lutou
A todos ele derrotou
Ninguém o havia vencido

12
O inimigo intentava
Uma forma de o vencer
Procurava um ponto fraco
Algo para o prender
Logo logo encontrariam
Pois sansão se entregraria
As mulheres por prazer

13
O homem consagrado
Outro caminho tomou
Entregou-se as prostitutas
Ao Senhor ele negou
Não fez caso da unção
Corrompeu seu coração
Sua vida arruinou

14
Quando conheceu Dalila
Logo se afeiçoou
E em tempo muito curto
Seu coração lhe entregou
O inimigo sempre atento
Viu então chegar o momento
Que ele tanto esperou

15
Os filisteus a convenceram
Para o investigar
De onde vinha sua força
E como o podiam segurar
Só assim o venceriam
Dele então se vingariam
E o prenderiam pra matar

16
Sansão começou brincar
Vez por outra a enganou
Mas ela fingiu-se triste
E logo o conquistou
Estando ele apaixonado
Não percebeu ser enganado
E o segredo declarou

17
Disse ele ser consagrado
Desde a concepção
Oferecido ao Senhor
Que o encheu com sua unção
Para ser por Deus usado
De força foi super dotado
Pra trazer libertação

18
Aos filisteus venceria
Pois não podiam vencê-lo
Libertaria seu povo
Ninguém iria detê-lo
Havia um voto com o Senhor
Que desde o ventre ordenou
Que não cortassem seu cabelo

19
Descoberto o segredo
Rapidamente lhe cortaram
As sete tranças que usava
A cabeça lhe rasparam
O voto fora rompido
Sansão estava vencido
Os filisteus comemoravam

20
Furaram seus olhos
Com crueldade o trataram
Expuseram-no como troféu
Diante do povo o torturaram
E os príncipes dos filisteus
Agradeciam ao seu deus
Pois Sansão capturaram

21
Sansão fora vencido
Ali findava a trajetória
De um homem consagrado
Que mudou a sua história
Pois por causa do pecado
Deixou sua missão de lado
Buscando sua própria glória

22
Mas a palavra de Deus
Jamais retorna vazia
De uma forma ou de outra
Cumprir-se-á a profecia
Tendo sansão falhado
Ainda seria usado
E o seu povo libertaria

23
Em um dia muito festivo
Os filisteus se ajuntaram
No templo do deus Dagon
E com honras o adoravam
Trouxeram então Sansão
Humilhado e sem visão
E a todo o povo o apresentaram

24
Durante muitas horas
Ouviu-se muita gritaria
Foi duramente insultado
Porém cego nada via
Teve um plano de repente
Calculou que muita gente
Pelo barulho ali havia

25
Viu-se naquele momento
Com o coração arrependido
Chorou amargamente
Por sua missão não ter cumprido
Clamou a Deus por seu perdão
E pediu em oração
A força que havia perdido

26
Sentiu-se forte novamente
Deus atendeu seu pedido
Como cego nada via
Pediu que fosse conduzido
Para as colunas do lugar
Pois queria se encostar
Dizia estar muito abatido

27
Ao apoiar-se nas colunas
Começou a empurrar
Alguns que ali estavam
Sentiram o templo abalar
Outros porém zombavam
Pois estes não acreditavam
Que a casa iria desabar

28
De repente aquela casa
Sobre todos desabou
Matando muita gente
Pouca coisa ali restou
Morreram os príncipes filisteus
Tornando livres os hebreus
Como Deus assim falou

29
Morreu também Sansão
Junto com o inimigo
Sendo forte tornou-se fraco
Pois a Deus não deu ouvidos
Desprezou a consagração
Andou segundo seu coração
Pelo mal foi seduzido

30
A história de Sansão
Vem a todos alertar
Que quem serve ao Senhor
Ao mundo não deve amar
O que há no mundo nos seduz
E pra longe nos conduz
Pra de Deus nos afastar

31
Não pode haver comunhão
Das trevas com a luz
Nem de quem pratica o mal
Com quem serve a Jesus
Quem vive indeciso
Mostra que não tem juízo
Ou qu’é inimigo da cruz

32
Pois por Deus fostes chamado
Para a outros anunciar
A salvação que há em Cristo
E muitas vidas libertar
Dedica-te a oração
Pra que jamais a tentação
Consiga te derrubar

32
Desde o principio dos tempos
O diabo planejou
Tomar o lugar de Deus
E do céu Deus o expulsou
Hoje ele tenta ocupar
Em teu coração o lugar
Que para Si Deus reservou

33
Consagra tua vida
A cada dia ao senhor
Nunca pense que és forte
E pede a Deus o seu favor
Foge das paixões da mocidade
Afasta-te da vaidade
E assim serás um vencedor.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ERGUEI OS OLHOS E VEDE.



Uma poesia de Roberto Celestino


Erguei vossos olhos
Vede os campos
É tempo de colher
Estão prontos a receber
De toda parte os ceifeiros
Preparai vossos celeiros
E dispõe-te a percorrer
Estes vastos campos brancos
Cheios de almas sofridas
Que em meio ao joio sufocante
Perdem o sentido da vida.
Erguei vossos olhos
Vede os campos,
Apressai-vos e saí
Ajuntai vossos molhos
Atentai e ouvi
O clamor dos desesperados
O gemido dos desgarrados
São ovelhas sem pastor.
Oh, como são poucos os ceifeiros
Que se apresentam para a ceifa
Rogai a Deus por obreiros
Para esta grande colheita
Dispostos a vida entregar
E ao Senhor da seara
Muitos frutos apresentar.

Moisés, o libertador de Israel.


Um Cordel de Roberto Celestino


Em um tempo de angústia
Dias de escravidão
O povo de Deus gemia,
Sob uma forte mão
A mão de um Faraó
Do povo não tinha dó
Os regia com opressão

Era fazendo tijolos
Trabalhando dia a dia,
Para construir cidades
Que o povo hebreu sofria
Campos também cultivavam
Pois em tudo trabalhavam
Sob forte tirania

Mas o povo foi crescendo
Logo se multiplicava
Cada dia mais crescia
O Egito povoava
E por esse crescimento
Despertava um sentimento
Faraó se preocupava

Temia que os hebreus
Viessem se rebelar
E que em tempos de guerra,
Fossem eles se aliar
Com um povo inimigo
E para vingar o castigo
Contra o Egito guerrear.

Tomou medida extrema
Difícil até  acreditar,
Ordenou as duas parteiras
De nome Sifrá e Puá
De cada parto que fizer
Só viverá se for mulher
Se for homem tem que matar
VI
Enganado pelas parteiras
Seu plano foi frustrado,
Tomou medida mais dura
Tendo ao seu povo ordenado
Aos das hebréias que nascerão
Sendo a criança um varão
No Rio Nilo será jogado
VII
Em meio a tanta matança
Um menino foi poupado,
Sua mãe o escondeu
Por três meses foi entocado
Mas devido ao crescimento
Chegaria o momento
Que facilmente seria achado

VIII
Em um cestinho de junco
Sua mãe o colocou
Descendo a beira do rio
O cestinho lá deixou
Em soluços e pranteando
Sua irmãzinha ficou olhando
Até que alguém o encontrou
IX
Pela filha de faraó
Moisés foi encontrado
Amamentado por sua mãe
Mas no palácio foi criado
Como príncipe ele cresceu
Mas um dia conheceu
O povo do qual foi tirado
X
Ao sair pra ver seu povo
Viu quão grande era o labor
O quanto eram oprimidos
Sentiu de perto a sua dor
Viu um hebreu ser espancado
Não se conteve e muito irado
Assassinou o agressor

XI
Passou a ser fugitivo
Em Midiã foi morar
Conheceu as filhas de Jetro
Com uma veio se casar,
A vida de príncipe deixou
O palácio pelo campo trocou
De ovelhas foi cuidar

XII
Estando ele no Monte Horebe
Onde estava pastoreando
Viu algo estranho acontecendo
Um arbusto se incendiando
Mas o arbusto não queimava
E quanto mais perto chegava
Aquele fogo ia aumentando
XIII
Do meio do fogo uma voz
Começou a lhe falar,
Tira as sandálias dos pés
Santo é esse lugar
Eu Sou Deus e te escolhi
Pois o clamor do povo ouvi
E tu irás os libertar

XIV
Moisés procurou então
Uma desculpa,uma saída,
Dizendo não saber falar
Quis usar justificativa
Deus disse: Pode parar,
Te dei boca pra falar
Não terás alternativa
XV
Junto ao irmão Arão
Com Faraó foram falar
Deus havia prometido
Que com eles iria estar
A Faraó então chegaram
Em nome de Deus falaram
Para o povo libertar.

XVI
O Faraó não fez caso
Daquilo que escutava
Ao invés de soltar o povo
Mais e mais os apertava
Com o coração endurecido
Ao Senhor não deu ouvidos
Sem saber o que o aguardava

XVII
Vieram sobre aquela terra
Grandes males e muitas dores
As dez pragas do Egito
Acompanhadas de horrores
Pra Faraó reconhecer
Que só quem tem todo o poder
É O Senhor dos senhores

XVIII
As águas dos rios viraram sangue
De rãs a terra se encheu
Piolhos sobre homens e animais
Um enxame de moscas apareceu
A peste os rebanhos assolou
Aos animais dos egípcios matou
Mas dos hebreus nenhum morreu

XIX
Depois vieram feridas
Purulentas e de fedor
Em seguida uma chuva de pedras
A qual nem árvore deixou
Os gafanhotos apareceram
Rapidamente tudo comeram
E nada verde ali restou
XX
Vieram densas trevas
E nada podiam ver
E por três dias seguidos
Nada puderam fazer
Dessas pragas já chegadas
Nenhuma seria comparada
A que iria acontecer
XXI
A décima praga enviada
Trouxe ao Egito grande dor
A meia noite chegou a morte
Trazendo grande terror
Ao filho mais velho matava
Do rei,do nobre e da escrava
E ouviu-se grande clamor

XXII
Faraó deixou então
O povo com Moisés ir embora
Saíram logo do Egito
Caminharam deserto afora
Mas Faraó arrependido
Tendo o exército reunido
Foi buscá-los sem demora

XXIII
Era imensa a multidão
Que para Sucote subiu
Liderada por Moisés
Que logo um censo pediu
E o número revelado
Mulheres e crianças de lado
Só de homens seiscentos mil
XXIV
E o povo era guiado
Pelo Deus de Israel
De dia por uma nuvem
A noite por fogo no céu
Dia e noite caminhavam
Ansiosos desejavam
A terra que mana leite e mel
XXV
Perseguindo-os Faraó
Encontrou-os junto ao mar
Depois de longa caminhada
Estava o povo a descansar
Ao verem o Faraó temeram
Seus corações se derreteram
E puseram-se a clamar

XXVI
Diante daquela situação
Levantou-se grande temor
E pelo medo que sentiam
Rebelaram-se contra O Senhor
Desejaram ao Egito voltar
Para forçados trabalhar
Desprezando o libertador
XXVII
Moisés fez calar o povo
E pediu sua atenção,
Para lhes falar que Deus
Continuava na direção,
Não adiantava murmurar
Pois Deus os ia salvar
Com sua poderosa mão

XXVIII
Deus disse a Moisés,
Por que estás a clamar?
Diga ao povo que marche
E continue a caminhar
E tu não fiques parado
Levanta já o teu cajado
E toca nas águas do mar
XXIX
Ao tocar Moisés nas águas
O mar então se abriu
E diante daquele povo
Um caminho seco surgiu
O povo então se levantou
Por meio do mar atravessou
Coisa igual nunca se viu
XXX
Faraó e seus soldados
Mar adentro também entraram
Para alcançar o povo
O caminho aproveitaram,
Mas quando o povo passou
O mar então se fechou
E os Egípcios se afogaram
XXXI
Ao chegar do outro lado
Moisés então cantou,
Pois a alegria que sentia
Em seu peito transbordou
A Deus então agradecia,
Pois viram naquele dia
Como Deus os libertou
XXXII
Como havia no Egito
Escravidão e muito enfado,
A humanidade está presa
Escravizada no pecado,
Como se tivessem dormindo
Não percebem que estão caindo
No abismo do diabo
XXXIII
Deus então mostrou
Que haveria uma luz
Assim como enviou Moisés
A nós enviou Jesus
Seu Filho Eterno e Amado
Que pra nos libertar do pecado
Entregou-se a morte de cruz
XXXIV
Depende só de você
Seguir o Libertador
Ou ficar lá no Egito
Onde o pecado é senhor
Como a terra do leite e do mel
Pra nós reservou o céu
Pelo seu eterno amor

XXXV
Esse É o Deus do impossível,
Que por amor abriu o mar,
Realizou este milagre
Para o povo libertar
Liberta você também
Poder pra isso ele tem
É só você o aceitar.